Denomina-se Patrística o período de oito séculos em que os Padres da Igreja desenvolveram uma rica produção literária nos campos da teologia e da filosofia.
Grande és tu, Senhor, e sumamente digno de louvor: grande é tua força e imensurável é tua sabedoria. E o homem, um fragmento de tua criação, deseja louvar-te, o homem que proclama sua própria mortalidade, que proclama o testemunho de seu pecado e o testemunho de que resistes aos soberbos; e, todavia, o homem, um fragmento de tua criação, deseja louvar-te.
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Há algum tempo, os irmãos pediram que eu contestasse o libelo de um certo Helvídio. Protelei fazê-lo, não porque teria sido uma tarefa difícil refutar um sujeito ignorante e mal instruído também nas primeiras letras, além da proteção da verdade; mas para evitar que quem seria derrotado se tornasse digno de resposta.
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O mais habilidoso investigador das Sagradas Escrituras será, portanto, aquele que, em primeiro lugar, as tiver lido integralmente e tomado conhecimento, se ainda não quanto à compreensão, decerto quanto ao que se lê, pelo menos das que são chamadas canônicas.
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Mas, desde que fizemos menção dos hereges como mortos e de nós mesmos como possuidores das divinas Escrituras para a salvação; e receio que, como Paulo escreveu aos Coríntios, alguns dos incautos sejam afastados de sua simplicidade e santidade por causa da astúcia dos homens, e então comecem a ler outros livros, porque foram enganados pela homonímia dos genuínos com os chamados apócrifos; exorto-vos a que permaneceis firmes se eu, por estas lembranças, escrevo acerca do que conheceis bem, considerando a necessidade e a utilidade da Igreja.
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Estas coisas nos ensinam as Escrituras divinamente inspiradas do Antigo e do Novo Testamento. Pois um é o Deus dos dois Testamentos, que antecipadamente anunciou no Antigo o Cristo manifestado no Novo, que por intermédio da Lei e dos Profetas, como um pedagogo, nos conduziu a Cristo. Pois, antes que chegasse a fé, nós éramos guardados sob tutela da Lei para a fé que haveria de se revelar, e, a Lei se tornou nosso pedagogo até Cristo. E se alguma vez ouvires algum dos hereges blasfemando contra a Lei e os Profetas, opõe-lhes aquela salutar palavra, dizendo: Jesus não veio revogar a Lei, mas dar-lhe pleno cumprimento. Aprende também diligentemente, e da Igreja, quais são os livros do Antigo Testamento, e quais os do Novo. E, por favor, nada leias dos livros apócrifos.
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Nas Éclogas compostas por ele, no preâmbulo, o mesmo autor elabora um catálogo dos livros do Antigo Testamento recebidos por unanimidade. É também oportuno reproduzi-lo aqui.
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Com frequência, se diz que a expressão “livros deuterocanônicos” foi criada pelos Pais do Concílio de Trento (1545-1563). Isso não é correto. Mas é verdade que a expressão foi usada pela primeira vez por um teólogo conectado com aquele concílio, Sixto de Siena (1520-1569) em seu De divinis nominibus bibliothecae sanctae publicado em 1566. Sixto foi um judeu convertido ao Cristianismo. Ele se tornou franciscano, depois dominicano. No início de seu livro, ele faz a pergunta: “quais são as Escrituras e os autores canônicos e apócrifos” (canonicae et apocryphae scripturae et scriptores quid sint).
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